Quem assistiu o filme norte americano denominado homens de honra dirigido George Tillman Jr., com roteiro de Scott Marshall Smith, com certeza lembrará de um trecho, onde na biblioteca a namorada de Carl Brashear pergunta:“Por que você quer tanto isto?” E ele simplesmente responde: “Porque disseram que eu não conseguiria”. Além disso, o filme retrata uma série de dificuldades para que seja alcançado um objetivo. E esse enredo talvez seja bem parecido com o vivido pelo o Catolé ao longo de toda a competição do campeonato municipal de futebol da cidade de Riacho de Santana – RN. “HOMENS DE HONRA” que não tem campo, que não tem tempo de treinar juntos, que sabe suas limitações, porém tem uma força de vontade incrível de querer vencer. No início do campeonato talvez nem o mais otimista torcedor santanense colocaria o Catolé como um dos favoritos, muitos acreditava que dependia apenas dos jogadores experientes Jerri e Paulo Rogério,claro que tivemos nossa contribuição, mas a equipe não se resumia a nós dois. Depois de perder de 1 x 0 para o Sobradinho (não atuei essa partida), e se recuperar em cima do Arsenal vencendo de 4 x 1, chegamos na minha humilde opinião ao jogo chave. O jogo contra a Caiçara da 1ª fase para mim, foi “o jogo”. Todos sabemos e reconhecemos a qualidade do oponente e jogando então no campo adversário e sair perdendo por 2 x 0 ainda no 1º tempo com uma torcida enlouquecida pedindo goleada, e em alguns momentos esnobando de nossas caras, sendo que naquela altura do campeonato se levasse mais dois gols estaríamos eliminado. Foi aí então que os Homens dechonra “guerreiros” entraram em cena, liderados por Jerri e ajudados por Renato que por compromissos educacionais só entrara no 2º tempo, buscamos energia não sei de onde e com um jogador a menos pela expulsão do meia Aragonês conseguimos fazer praticamente o impossível, viramos a partida. Não é exagero comparar esse momento com “o mito da fênix” ave que renasce das próprias cinzas. Os gigantes acordaram, e aquele sentimento de superação entre nós jogadores foi unânime despertando o famoso slogan de Barack Obama “We Can”. Daí para frente, que me perdoe os demais jogadores que não torcem para o palmeiras, mas um trecho do hino do alvi-verde, resumiu nossos próximos jogos “... defesa que ninguém passa linha atacante de raça...” e jogando dentro de nossas possibilidades, vencemos novamente a Caiçara por 1 x 0 com um gol inesquecível do zagueiro Adriano de“Toim”. Próxima batalha foi contra o União e mais uma vez o jogo foi duríssimo, quando nosso craque do time se lesionou “Jerri” ainda na primeira etapa, para muitos torcedores, inclusive alguns jogadores adversários o Catolé estava perdido, porém mais uma vez a equipe foi buscar uma energia não sei de onde, e a estrela do jovem zagueiro Adriano novamente brilhou e deu o 2º êxito seguido a nossa comunidade, nessa batalha perdemos também o lateral e líder Randenberg. O time vai para a final sem o craque da equipe “Jerri” e sem um dos líderes Randenberg, sem contar com uma lesão em cima da hora do jogador Marcelo. Mas as pessoas mostram quem realmente são nas adversidades e na final não íamos mudar nossa conduta em campo. E se repetiu o roteiro, uma equipe que jogava se defendendo a qualquer custo e se lançava no ataque em bolas paradas. Com uma atuação no limite de nossa equipe protagonizando um jogo dramático de placar de 0 X 0, decidido somente nas disputas dos pênaltis. Confesso que ao perder o 2º pênalti de minha equipe, fiquei arrasado, mas Deus não abandona aqueles que nele acredita, pois depois disso, nenhum adversário conseguiu furar a meta defendida pelo o goleirão Vitor, e as estrelas dos dois garotos “Renato e Adriano” brilharam de forma mais intensa. Não foi apenas um título, foi “o título”, o primeiro da história do Catolé no municipal de Riacho de Santana, “o título” da raça sobre a técnica, dos caras que deram o sangue para vencer, da mescla dos garotos com os veteranos. Ao final, Parabenizo a todos pela a conquista inédita e agradeço por ter me dado a oportunidade de vencer por minha comunidade. Finalizo utilizando as palavras Augusto Branco, que ressalta o seguinte: “No esporte, existem campeões e existem heróis. Campeões vencem porque são bons no que fazem e tiram proveito particular de suas vitórias. Heróis vencem quando menos se espera, superam seus próprios limites,e quando recebem os louros dividem suas vitórias com uma nação inteira”.
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